Bernard Herrmann - Vertigo - Royal Scottish National Orchestra - Joel McNeely

Bernard Herrmann - Vertigo - Royal Scottish National Orchestra - Joel McNeely
Varèse Sarabande Records | 1995 | MP3 320 kbps | 63'13" | 116 MB

Trilha sonora composta por Bernard Herrmann para o filme Um corpo que cai (Vertigo, 1958), dirigido por Alfred Hitchcock. Uma das melhores trilhas do compositor (segundo o All Music Guide) num disco ganhador do prêmio Grammophone de 1997.
Em 1996, o tradicional selo dedicado à música de cinema colocou no seu catálogo duas edições desta que é considerada por alguns críticos como a melhor trilha sonora de todos os tempos. A primeira é uma regravação digital com o competente Joel McNeely conduzindo a Royal Scottish National Orchestra, com quase 30 min. de música adicional em relação ao CD da Mercury, o único até então disponível, com a gravação original da trilha regida por Muir Mathieson. Em que pese a competência de McNeely como condutor, amplamente demonstrada na versão de Fahrenheit 451 para a própria Varèse, esta nova edição vale principalmente pela música adicional, incluindo a presença da faixa "The Graveyard", cuja gravação original não mais existe, e pela superior qualidade de som. O que nos leva ao segundo CD, que contém exatamente as gravações originais do inglês Muir Mathieson. Um Corpo Que Cai, pelo seu conjunto de soluções criativas, é com justiça considerado uma obra-prima não apenas de Hitchcock, mas do cinema de todos os tempos.

Já no início da projeção, assistindo aos créditos magistrais de Saul Bass ao som do hipnótico "Prelude" de Herrmann, somos imersos em um perfeito universo "hitchcoquiano", repleto de problemas psicológicos, interpretações freudianas e, é claro, muito suspense. Sem dúvida a peça mais conhecida do score, o "Prelude" divide-se em dois segmentos: o primeiro inicia-se com os violinos, madeiras, vibrafone, harpas e celesta interpretando um ciclo aparentemente interminável de 7 notas: os metais surgem, então, para introduzir as cordas, que iniciam o segundo segmento, um motivo de 4 notas que posteriormente será desenvolvido no magistral tema de amor. Na mesma faixa, segue-se "Rooftop", agitada cena que nos apresenta a acrofobia do personagem principal, representada musicalmente por notas dissonantes, em glissando de harpa.

Para "The Dream", outro marco da peça, Herrmann utiliza um tango como base, sua essência latina remetendo aos dramáticos acontecimentos ocorridos na velha missão espanhola. É interessante notar que Bernard Herrmann, à época impedido, por problemas de produção, de conduzir sua própria obra, colocou restrições ao trabalho de Mathieson. Esta edição de 65 min. acompanhou o relançamento do filme em novas cópias, e a ausência de "The Graveyard" é amplamente compensada por 4 faixas nunca antes disponíveis: "Mission Organ", "The Streets", "The Past" e "The Girl". Apesar de, em alguns trechos, a restauração não ter conseguido mascarar os efeitos do tempo sobre as fitas originais, temos pela primeira vez, quase que na íntegra, a versão que os críticos consideram definitiva, o que nos leva a preferi-lo em relação ao CD de McNeely.
―Comentário de José Saldanha

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